"Manoel Raposa" |
Tomado
de angústia e tristeza o titular do blog
vem a público registrar o falecimento de uma figura ímpar e autêntica.
O
Assú perdeu nesta sexta-feira (13) um de seus filhos: Manoel Balduíno dos
Santos, o carismático “Manoel Raposa”.
Não
é exagero apontá-lo como um desbravador no meio musical, pois foi ele o
responsável pela ousadia, nos anos 70, de interpretar músicas em inglês sem o
mínimo domínio da letra, cantando apenas da forma que as compreendia, ou
seja, “de ouvido”.
Muitos
dos bailes da época eram embalados pela voz de “Manoel Fox” – como eu o chamava
carinhosamente –, onde havia a curiosidade de muita gente que queria vê-lo cantar
músicas internacionais.
Sua
trajetória foi marcada por diversos grupos musicais e por, pioneiramente, apresentar
em alguns deles versões próprias para clássicos de nomes como Beatles, Bill
Halley & His Comets, Elvis Presley, Rolling Stones, Bob Dylan, Santana, The
Animals, Pink Floyd, etc.
Talvez
tenha sido este ineditismo de “Manoel Fox” que contribuiu para muita gente
conhecer o velho e bom Rock & Roll.
Tive
o privilégio de privar de sua amizade e, uma vez, entrevistá-lo, num bate-papo de mais de uma hora, para
um trabalho acadêmico de um grupo de universitários norte-americanos, sobre um
pouco dos primórdios do Rock em Assú.
A
reportagem fez parte de um projeto de extensão que virou vídeo e foi apresentado
na Universidade de Chicago (EUA).
Certa
vez lhe perguntei qual a música internacional que mais apreciava e a resposta
foi imediata: Stairway To Heaven, do
Led Zeppelin.
Não
por ocaso, considerada a canção mais bonita do século passado.
Agora, espero que, como diz o hino clássico do Led Zeppelin, ele possa estar
subindo sua “escada para o céu”.
Faltou
em vida uma homenagem a “Manoel Fox”.
Descanse
em paz, velho amigo!
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