sexta-feira, 21 de outubro de 2016

São Tomé: Prefeito é afastado do cargo em meio a caos administrativo, salários atrasados e greves

Gutemberg Pereira/Reprod.
O prefeito de São Tomé, na microrregião Borborema Potiguar, Gutemberg Pereira (PMDB), foi afastado do cargo na quinta-feira (20), por decisão da Câmara Municipal da cidade.
Por sete votos a dois, os vereadores decidiram empossar o vice-prefeito José Elísio no comando do Executivo, registra informação do portal Notícias RN.
São Tomé enfrenta um verdadeiro caos administrativo, com salários atrasados em diversas secretarias e greves. Na Educação, as crianças estão sem aulas há meses e correm o risco de perder o ano letivo”, acrescenta o texto do portal eletrônico.
Além disso, prossegue a matéria, o município registra uma dívida milionária com prestadores de serviços e com a Previdência Social.
Para ter uma ideia do rombo financeiro, apenas o Instituto Previdenciário de São Tomé deveria ter em caixa mais de R$ 3 milhões, que ainda não lhe foram repassados. O processo para afastamento do prefeito foi aberto a partir da iniciativa de três cidadãos de São Tomé. A comissão processante dará prosseguimento nos trabalhos de apuração das denúncias”, reforça a reportagem.
Nos últimos dias, até mesmo documentos considerados importantes para a cidade estavam desaparecendo da Prefeitura de forma bastante misteriosa.
Segundo testemunhas, sacolas estariam sendo retiradas da sede do Executivo durante a noite.
Outro fato ainda não explicado é que entre janeiro de setembro deste ano São Tomé recebeu em transferência de recursos mais de R$ 14 milhões, conforme informa o site do Banco do Brasil.
Mesmo com a cifra impressionante, a cidade chega ao fim de 2016 afundada em dívidas.
Nos últimos meses o município também registrou seguidas licitações com valores abusivos, considerados acima do que é negociado no mercado.
A situação insustentável foi determinante para fazer com que o prefeito afastado nem mesmo tentasse a reeleição no pleito recém-terminado.
A Prefeitura também possui dívidas com empresas credoras de consignados, levando os servidores, que já estão sem salários, a terem seus nomes incluídos no SPC e Serasa por atraso no pagamento dessas quantias.

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