Foto: Reprodução |
Com
o acirramento dos ataques pelo Governo Federal aos direitos sociais e
principalmente a educação, alunos e servidores do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), com apoio do Sindicato Nacional
dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica do RN
(Sinasefe/RN), realizaram na tarde dessa quarta-feira (07) um ato que culminou
na ocupação da Reitoria pelos estudantes.
A
iniciativa teve como objetivo defender a educação pública e denunciar o
desmonte do serviço público.
A
mobilização teve início em frente ao Campus Natal Central e seguiu em caminhada
até a Reitoria, registra informação da assessoria de imprensa da organização
sindical.
Munidos
de faixas e cartazes, os manifestantes alertavam os pedestres e motoristas, que
circulavam pela via sobre as consequências nefastas da implantação de medidas
como a Reforma do Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº
55, ambas recentemente aprovadas em comissões e votações na Câmara e no Senado
Federal.
Inicialmente,
o grupo panfletou na entrada do IFRN e ao lado do shopping Midway Mall,
enquanto o professor do IFRN, Raoni Souza, realizou uma aula pública sobre a citada
PEC 55.
Após
a aula pública, alunos participantes do ato pediram a palavra e falaram sobre
sua discordância com as medidas tomadas pelo atual governo e demostraram
preocupação com o futuro da educação pública, muitos deles estiveram em
Brasília, no último dia 29 e sofreram com a maciça e violenta repressão da
polícia presente no local.
Ao
final do ato, os manifestantes saíram em caminhada até a Reitoria do IFRN, onde
foram recebidos pelo Pró-reitor de Ensino, Agamenon Henrique de Carvalho
Tavares.
Nesse
momento, foi anunciada a ocupação do prédio pelos estudantes, que realizaram no
local uma plenária e anunciaram suas reivindicações.
Entre
as principais demandas dos alunos estão: o pronunciamento oficial da
Instituição contra as medidas do Governo Federal, em especial a reforma do
Ensino Médio; a Lei da Mordaça e a PEC 55; a suspensão do calendário acadêmico,
tendo em vista que diversos campi se encontram em greve; além de uma posição
formal do Instituto garantido a reposição de aulas e a não perseguição de
alunos envolvidos com o movimento estudantil.
Os
servidores que acompanhavam o ato também se reuniram e decidiram criar uma escala
para acompanhar a ocupação e prestar suporte aos alunos, além de desenvolver
atividades pedagógicas no espaço.
Ao
todo, 15 estudantes de vários campi permaneceram para passar a noite no prédio
da Reitoria.
Nesta sexta-feira
(09), a direção do Sinasefe/RN se reunirá com o reitor do IFRN, Wyllys Farkatt,
para discutir as reivindicações do movimento paredista, deflagrado no IFRN
desde o dia 11 de novembro passado.
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